Biografia
Boris Berman

Boris Berman apresentou-se em mais de quarenta países, acompanhado pela Royal Concertgebow Orchestra, Philarmonia de Londres, Sinfonica de Toronto, Filarmonica de Israel, Orquestra de Minnesota, Sinfonica de Detroit, Sinfonica de Houston, Sinfonica de Atlanta, Filarmonica de Sao Petersburgo e a Royal Scottish Orchestra. Apresentou-se nas mais variadas séries de recitais e em festivais, tais como o de Malboro, Waterloo, Bergen, Ravinia e o Festival de Israel, para nomear apenas alguns.

Boris Berman nasceu em Moscovo e estudou no Conservatorio Tchaikovsky de Moscovo com o grande pianista Lev Oborin, tendo obtido as mais altas classificaçoes em piano e cravo. Apresentou-se em publico por toda a Uniao Sovietica tanto como solista como com numerosas orquestras, incluindo a Filarmonica de Moscovo e a Orquestra de Camara de Moscovo.

Em 1973 abandonou uma carreira brilhante emigrando para Israel, onde se tornou rápidamente o intérprete de teclado mais procurado assim como uma das personalidades musicais de maior peso.

Actualmente reside nos Estados Unidos da América.

Boris Berman foi o director fundador das séries de concertos Music Spectrum em Israel (1975-84) e de Yale Music Spectrum (1984-97), aplaudidadas pela critica pelos seus programas inovativos.

Como executante de musica de câmara apresentou-se em numerosos concertos e festivais, entre outros com Misha Maisky, Heinz Hollinger, Aurele Nicolet, Shlomo Mintz, Gyorgy Pauk, Ralph Kirshbaum, Frans Helmerson, Natalia Gutman, Tokyo Quartet, Vermeer Quartet, o Nederlands Wind Ensemble e muitos outros.

Pedagogo de envergadura internacional, Boris Berman leccionou em escolas de prestigio tais como Indiana (Bloomington), Universidades de Brandeis e Tel-Aviv; presentemente dirige a secção de piano da Yale School of Music (USA). Participa também em master classes em todo o mundo.

Fundou e dirigiu o Yale Summer Piano Institute (1990-1992) e o International Summer Piano Institure em Hong-Kong (1995-1997).

Boris Berman tem uma habilidade especial em reconhecer jovens talentos, razão pela qual tem sido convidado a participar em juris de concursos tais como Leeds, Dublin e o concurso Artur Rubinstein em Tel Aviv.

No seu livro “Notas de um Pianista” publicado pela Yale University Press, B.Berman baseia-se na sua larga experiencia como pianista e pedagogo dissertando sobre a técnica e interpretação do piano. Esta obra foi traduzida para vários idiomas, dando Boris Berman conferencias e palestras sobre estes temas.

As suas gravações para Philips, Deutsche Gramophon Gesellschaft e Melodia, unanimemente aplaudidas, foram completadas por 2 cds com todas as sonatas para piano de Alexander Scriabin e um recital de obras para piano de Chostakovitch – galardoado com o prémio Edison clássico holandês. Foi o primeiro pianista a levar a cabo o projecto de gravação de todas as obras para piano solo de Prokofieff, iniciando-o com a gravação dos 3 concertos para piano e orquestra com o Royal Concertgebouw Orchestra. Gravou tambem obras de Debussy, Stravinsky e Schnittke e musica de câmara de Janacec.

O seu vasto reportório fica patente nas suas ultimas gravações: « Debussy for Children », obras para piano preparado de John Cage; os quintetos para piano de Chostakovitch e Schnittke com o Quarteto Vermeer; ragtime de Scott Joplin e as Sequenzas para piano de Luciano Berio.

Na temporada de 2006 -2007 Boris Berman apresenta-se em recitais e com orquetras nos EEUU, Japão, China, Israel, Australia, Russia, Grã-Bretanha, Portugal, Espanha, Alemanha e Holanda.

Primeiro contacto com o piano?
Eu sou o primeiro músico da minha família. A minha mãe queria que eu tivesse aulas de piano só para uma educação geral e diversão. Os meus estudos progrediram bem e aos 11 entrei na famosa escola Gnessins. A partir daí, ficou claro que eu estava a treinar para me tornar um pianista profissional.

Conselho para um/uma jovem pianista no dia do concerto?
A minha sugestão é não praticar demasiado, tratar mais da prática mental, meditar, estudar a partitura. Uma sesta a meio do dia é muito importante para mim.

Compositores favoritos e os que mais gosta de interpretar?
Gosto de tocar músicas de diferentes estilos, do Barroco ao mais contemporâneo. Eu sempre procurei resistir às tentativas de me colocar numa conveniente “gaveta” de um repertório específico. Ao longo dos anos, as minhas preferências mudaram um pouco. Hoje estou a gostar particularmente de tocar os mestres vienenses Haydn, Mozart, Schubert, Brahms, bem como Debussy.